Manaus (AM) – O Rio Negro, que banha a capital do Amazonas, atingiu, nesta sexta-feira, 4, o menor nível da série histórica desde quando passou a ser medido, há 122 anos, com 12,68 metros. Os dados são do Serviço Geológico Brasileiro (GSB), que faz a medição diariamente. Em 2023, o rio chegou a 12,70 metros, superando o registro de 2010, que, até então, era a menor cota registrada, quando o rio alcançou 13,63 metros.
O SGB fez uma previsão de que 2024 a seca do rio Negro superaria a de 2023. O governo do Amazonas declarou, no dia 28 de agosto deste ano, situação de emergência em todos os 62 municípios que afetam o Estado. Só na zona rural de Manaus, cerca de 9.316 pessoas estão sendo impactadas pela seca, de acordo com o governo do Estado.
O Rio Negro, em comparação ao mesmo período do ano anterior, havia registrado 15,29 metros. De acordo com a medição, o rio vazou até esta quarta-feira, 13,94 metros. O medidor também disponibiliza outros pontos de medição como na localidade do porto privativo Roadway, que realiza o embarque e desembarque de passageiros, registra 17,19 metros.
Outros rios também da bacia do Amazonas também registram níveis críticos de vazante, como por exemplo, a calha do Alto Solimões com menos 2,19 metros. No baixo Solimões, o rio está em 3 metros. No baixo Amazonas, na cota mais recente, foi registrado menos 1,95 metros. Os dados são do último boletim estiagem divulgado pelo governo do Estado, nessa segunda-feira, 1°.
Apesar da seca surpreendente, o Rio Negro é o maior rio em extensão na Bacia Amazônica, sendo um dos maiores rios do mundo em volume de água.
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Com informações da Agência Cenarium