Cerca de 500 profissionais da saúde e educação do município de Silves (distante 224 de Manaus), realizaram uma passeata, na tarde dessa terça-feira, 1/2, em protesto à ordem judicial, do juiz de direito da comarca do município, René Gomes, que determinou a exoneração dos servidores que atuavam em regime contrato.
Como determinante para a sentença, o magistrado justificou que o município não se encontra mais em situação pandêmica, por não haver mortes desde outubro de 2021. René alega que o prefeito do município, professor Paulino Grana, não tem interesse na realização de um concurso público.
O prefeito informou que é do interesse da administração realizar o concurso público neste ano ainda e está tomando todas as providências para a realização do certame.
Com a decisão, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, dentistas, psicólogos, assistentes sociais, fonoaudiólogos, técnicos de enfermagem, técnicos de patologia, técnicos em radiologia, serviços gerais, nutricionistas tiveram que abandonar seus postos de trabalho, deixando a população desassistida.
Na educação, professores, pedagogos e merendeiros também foram exonerados. Com cartazes, carros de som e gritos pedindo respeito, os profissionais percorreram as principais ruas da cidade até a matriz de Nossa Senhora da Conceição, onde ficaram concentrados.
“A decisão do juiz não foi baseada na lei, foi baseada em interesses próprios. Com isso ele não prejudicou o prefeito e sim, toda população”, explicou a professora Eurilene Almeida.
“Queremos respeito. Durante toda a pandemia lutamos pela vida e somos surpreendidas por uma decisão dessa, que não leva em consideração que também somos mães e pais de família”, justificou a enfermeira Raimunda Cortez.
De acordo com a prefeitura do município, o prefeito ainda chegou a pedir prorrogação da liminar por mais seis meses, mas o pedido foi negado pelo magistrado. O prefeito está recorrendo em instâncias superiores da decisão do juiz.