A escultura de uma vaca magra amarela foi colocada em frente ao prédio da Bolsa de Valores, no Centro de São Paulo. No final de novembro, a estátua de um touro de ouro foi retirado do mesmo local.
A obra, chamada “Vacas Magras”, foi feita pela artista cearense Márcia Pinheiro.
Essa escultura já passou por diversas cidades do Brasil e é um protesto conta a fome. Na capital paulista, ela ficou posicionada no mesmo local em que esteve o “Touro de Ouro”, que sofreu diversas intervenções e foi alvo de diversos protestos por conta da crise econômica. Outras pessoas favoráveis à obra tiraram fotos posadas com ela para posts em redes sociais.
Poucas horas depois a aparição, “Vacas Magras” foi retirada do local para não ser apreendida pela polícia.
A polêmica com o “Touro de Ouro”
Após a instalação da estátua do touro de ouro, inspirada em obra semelhante da Bolsa de Nova York, a CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem Urbana), um órgão da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento da prefeitura de São Paulo, apontou irregularidades da estátua.
A CPPU entendeu, por 5 votos a 4, que a escultura tem caráter predominantemente publicitário ou promocional, o que é vedado pela Lei Cidade Limpa (Lei 14.223/2006). Isso foi apontado porque o “Touro de Ouro” faz referência a uma das patrocinadoras da obra – a empresa de educação financeira "Vai Tourinho", do economista Pablo Spyer e da XP Investimentos. O novo destino do touro ainda não foi revelado.
A Comissão também avaliou que o responsável pela instalação da obra infringiu um dispositivo da legislação ao instalar em logradouro público a peça sem a prévia autorização da CPPU. Por isso a B3 seria multada, mas o valor será definido pela Subprefeitura da Sé.