Na última segunda-feira, 23/5, o Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem condenou a campeã mundial de vôlei, Tandara, a 4 anos de suspensão da modalidade após atleta ser pega no doping. Julgamento durou cerca de 8 horas.
Apesar da condenação ter sido unânime entre três auditores, Tandara ainda pode recorrer à Corte Arbitral do Esporte (CAS). Nas redes sociais, a jogadora disse que suspensão é difícil para ela por ser algo que ela não fez.
Jogadora foi condenada pelo uso de ostarina, uma substância que faz parte da categoria de anabolizantes e ajuda no ganho de uso muscular. Tandara já estava suspensa nos Jogos Olímpicos de Tóquio e só poderá retornar às quadras em 2025.
"A ostarina é uma substância não especificada, proibida em competição e fora de competição. Pertence à classe S1.2 – Agentes Anabolizantes – Outros Agentes Anabolizantes – SARMS da Lista de substâncias e métodos proibidos da AMA-WADA (sigla da Agência Mundial Antidoping)", confirmou a ABCD em nota publicada em agosto de 2021.
Ela processava duas farmácias por contaminação cruzada da substância, no entanto, a sua argumentação foi invalidada por causa de afirmações contraditórias.
Leia o pronunciamento da jogadora:
"Eu sempre fui movida a desafios e enfrentei muitas situações adversas durante a minha vida. Nunca me pronunciei abertamente sobre o caso do doping porque estava determinada a provar minha inocência, e ainda estou.
Essa condenação é, particularmente, difícil pra mim porque estou sendo condenada por algo que não fiz e Deus sabe. Eu tenho orgulho dos meus mais de 18 anos de carreira sem nenhuma mancha. Minha vida é o vôlei e quem me conhece sabe que não faria nada que pudesse destruir tudo isso que construímos em todo esse tempo.
Apesar de termos provas mais do que suficientes que mostram que fui contaminada, tive uma condenação injusta, desproporcional e precedida de um estranho vazamento de um processo que deveria ser sigiloso.
Infelizmente, o entendimento da Primeira Câmara do TJDAD é incompatível com a melhor jurisprudência internacional. Em todo o caso, vamos recorrer ao Plenário para que a justiça seja, de fato, reestabelecida. Respeito, mas não concordo com essa decisão de hoje. Lutarei, como sempre fiz, para provar minha inocência.
Agradeço o carinho e o suporte de todos nesse momento. O sentimento de injustiça é angustiante, mas com a ajuda de todos vocês vou superar esse momento e transformar essa situação em combustível para vencer mais essa batalha."