Obrigatória para garantir a sanidade de bovinos e bubalinos e a qualidade dos alimentos que chegam à mesa dos amazonenses, a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa inicia em oito municípios do Amazonas, nesta terça-feira (1º). Nesta etapa da estratégia de manutenção do status de zona livre da doença com vacinação, que se encerrará no dia 30 de novembro, precisam ser imunizados 6.600 animais de até 24 meses.
Os pecuaristas das cidades de Presidente Figueiredo, Barcelos, Carauari, Juruá, Novo Airão, Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira e da sede de Tapauá, que integram o calendário da segunda etapa da campanha, podem adquirir as vacinas junto ao Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) ou nas casas agropecuárias cadastradas junto à autarquia.
O prazo para a notificação da imunização junto a um dos escritórios da Adaf seguirá até o dia 15 de dezembro.
A coordenadora do Programa Nacional de Vigilância para Febre Aftosa (Pnefa) no Amazonas, Joelma Silva, orienta os criadores a evitar multas, realizando a vacinação e a notificação dentro do prazo estipulado.
“A vacinação é uma garantia para o produtor, que assegura a sanidade do seu rebanho, e para o estado, que mantém seu status de território livre da doença. Além disso, aqueles que descumprirem a vacinação obrigatória estão sujeitos a multas de R$ 40 por animal, mais R$ 300 por propriedade”, destacou.
Em Presidente Figueiredo (a 117 quilômetros de Manaus), responsável pelo maior rebanho, nesta etapa, com 10.900 bovídeos (gado e búfalo), a expectativa é imunizar 3,9 mil animais.
A manutenção dos índices vacinais satisfatórios, ou seja, acima de 90%, segue as diretrizes do Pnefa e consiste em um pré-requisito para que haja a suspensão da vacina em todo o estado, assim como a substituição da imunização por ações de vigilância efetivas.
Programa
Criado em 1992 e implantado no Amazonas em 2005, o Pnefa tem a expectativa de, até 2026, adquirir para o país o status de livre de febre aftosa sem vacinação.
Concedido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o reconhecimento é o nível máximo de sanidade e defesa agropecuária, possibilitando o acesso do Brasil aos mercados mais exigentes para a compra de carne como, por exemplo, Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.