Willian, do Fulhan, não vai encerrar sua carreira no Brasil. Em entrevista ao PL Brasil, o meia brasileiro afirmou que no país a pressão é desumana e relembrou sua passagem pelo Corinthians na qual ele saiu após ameaças contra ele e sua família.
“É um assunto complicado porque quando você critica o jogador na bola, você fala que ele não foi bem, isso acontece. Jogador não é uma máquina, também vai ter os dias bons e ruins. Só que às vezes os torcedores não aceitam os dias ruins. O que eu vejo no Brasil é uma pressão às vezes desumana, que leva para a base da violência, ameaça à família, aos filhos… quando toca nessa parte, para mim, já muda. Tenho que preservar a minha família, é meu bem mais precioso", disse.
O jogador afirmou que voltar ao Brasil está longe de ser uma possibilidade. Segundo ele, é preferível encerrar sua carreira nos Estados Unidos do que voltar para o país de sua formação como jogador de futebol.
“Eu não quero voltar para o Brasil, nunca mais. Eu já tinha esse pensamento desde antes do Corinthians. Acabou acontecendo uma situação de voltar para o clube onde eu comecei porque eu quis e o Corinthians também, mas eu já pensava em continuar até o fim na Europa. E agora eu pretendo encerrar aqui fora, seja na Europa, nos Estados Unidos ou outro lugar. Se puder ser na Inglaterra, seria perfeito. Pretendo jogar mais quatro ou cinco anos. Mas a gente nunca sabe porque o futebol muda bastante", explicou.
Willian voltou ao Brasil em 2022, após ter um desempenho abaixo do esperado e torcedores do Timão ameaçarem sua família através das redes sociais.
“Tenho um respeito muito grande pelo Corinthians, é o clube onde fui revelado e criado. Mas não construí minha carreira profissional no Corinthians, então não posso dizer que tenho algum tipo de vínculo… não sei se essa é a palavra, mas algum tipo de história no Corinthians como profissional. Sou grato pelo clube, vivi minha base lá, mas saí muito novo. Minha volta em 2021 foi em forma de gratidão. Sei que alguns torcedores não entenderam a minha saída, falaram que eu estava com frescura. Aí também eles só entendem o que quiserem, não tenho como agradar a todos. É um clube gigante com uma torcida muito grande, e o que passei foi com a minoria. Mas, ao mesmo tempo, foi uma minoria que causou um impacto emocional grande para a minha família e pessoas próximas a mim. O que fica é o respeito pela entidade que é o Corinthians", explicou.