Em julgamento realizado nessa segunda-feira (29), o Superior Tribunal de Justiça Despotiva (STJD) puniu dois jogadores por envolvimento em esquema de apostas no futebol brasileiro.
Romário, ex-jogador do Vila Nova, foi quem levou a punição mais dura. O atleta foi banido do futebol e terá que pagar uma multa de 25 mil reais.
O outro jogador condenado foi Gabriel Domingos, que também pertencia ao clube goiano. Como punição, o atleta ficará suspenso do futebol por 720 dias, quase dois anos, além de pagar uma multa de 15 mil reais.
Os dois são os primeiros atletas a serem julgados e condenados nas investigações da Operação Penalidade Máxima I, do Ministério Público de Goiás, e podem recorrer da decisão.
Esquema de apostas: entenda como funciona
De acordo com a investigação da Operação Penalidade Máxima, do MP de Goiás, uma quadrilha aliciava jogadores e conseguia manipular resultados após subornar os atletas.
A partir de prints de conversas que surgiram com as investigações, notou-se que jogadores recebiam entre R$ 50 e R$ 150 mil para realizar alguma ação específica dentro de um jogo (tomar cartão amarelo ou vermelho, fazer um pênalti e assim por diante). Essas ações serviam de base para apostas em sites especializados.
Ou seja, apostadores combinavam com o jogador uma ação. O atleta ficava encarregado de tomar um cartão amarelo no primeiro tempo, ou fazer um pênalti, por exemplo. Em seguida, o criminoso envolvido no esquema de apostas fazia um palpite com a ação combinada e tinha lucro com isso.
Para ganhar a confiança dos jogadores, os criminosos faziam o pagamento de um “sinal”. Após a partida, com a ação concluída (seja um cartão, um pênalti), os atletas recebiam o restante do valor combinado.