País – As investigações sobre o assassinato de Vitória Regina de Souza, de 17 anos, continuam e, agora, a polícia trabalha em provas que possam esclarecer quem matou a jovem. Segundo os investigadores, três homens são os principais suspeitos do crime.
Entre os suspeitos, apenas Maicol Sales dos Santos, dono do carro prata, está preso. Os outros dois são: Gustavo, ex-namorado de Vitória, e Daniel, que é apontado como namorado de Gustavo.
Carro de Maicol passou por três perícias
O carro de Maicol passou por três perícias e foi confirmado que o porta-malas passou por uma lavagem e que havia sangue no interior do veículo. Um fio de cabelo, encontrado no carro, passará por exame de DNA para verificar se era de Vitória.
Durante depoimento, Maicol afirmou que quando Vitória desapareceu estava em casa com a esposa. No entanto, a companheira dele disse que estava na casa da mãe, onde ficou até o dia seguinte, e só falou com ele por mensagem.
Daniel filmou caminho de Vitória
O suspeito Daniel, apontado como namorado de Gustavo, gravou o caminho feito por Vitória antes da data do crime.
No celular apreendido pela polícia a filmagem mostra a partir do ponto de ônibus que a jovem costumava ficar até a estrada de terra que ela percorria para chegar em casa.
A polícia chegou a pedir a prisão de Daniel, mas a Justiça entendeu que o vídeo encontrado no celular do suspeito não dizia nada e negou o pedido de prisão.
Gustavo, ex de Vitória, apresentou inconsistências no depoimento
Gustavo, ex-namorado da jovem, apresentou inconsistências no depoimento à polícia. Com a quebra do sigilo telefônico do suspeito, mentiras e contradições foram encontradas.
A geolocalização do celular de Gustavo também comprova que o suspeito esteve nas proximidades da casa da jovem na noite em que ela desapareceu.
Pai de Vitória apresentou contradições no depoimento, mas não é investigado
Segundo a polícia, o pai da jovem de 17 anos apresentou contradições no depoimento, mas não é investigado pelo crime.
Carlos Alberto de Souza falou à Rádio Bandeirantes. “Qual seria o comportamento adequado que eles [polícia] acham? O meu comportamento foi ligar pra empresa, mandar minha menina atrás pra ver se achava ela em algum lugar, foi ligar várias vezes pra ela, foi de preocupação”, disse.
Agora, a polícia tem autorização judicial para analisar os celulares dos investigados, o que deve ajudar no esclarecimento do caso.
Relembre o caso
Vitória trabalhava em um shopping na região de Cajamar e desapareceu na noite de 26 de fevereiro, quando voltava para casa após o expediente. Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem caminhando em direção a um ponto de ônibus – trajeto que costumava fazer diariamente.
Dois homens em um carro pararam brevemente para conversar com ela. Desconfiada da abordagem, a jovem enviou mensagens para uma amiga, expressando seu desconforto com a atitude da dupla.
Enquanto ela ainda estava no local, outros dois homens chegaram ao ponto e também permaneceram ali. Os três embarcaram no ônibus, mas, segundo Vitória, eles teriam descido antes dela.
De acordo com o depoimento do motorista do ônibus, ela desceu sozinha no mesmo local de sempre, em uma estrada de terra do bairro Ponunduva, região de chácaras onde vivia com a família. Esse foi o último lugar onde foi vista.
O corpo de Vitória foi encontrado na tarde de quarta-feira (5) em uma área de mata fechada em Cajamar, a cerca de 5 quilômetros de sua casa, já em estado avançado de decomposição. Ela foi identificada pelos familiares através de uma tatuagem de borboleta na perna e um piercing no umbigo.
O corpo foi encaminhado ao IML de São Paulo, onde exames revelaram sinais de tortura e marcas de facadas no pescoço, rosto e tórax. Vitória também teve os cabelos raspados e foi degolada.
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Com informações do Band.com.br