Manaus (AM) – A Escola Estadual (EE) Inspetora Dulcinéia Varela Moura, localizada no bairro Novo Israel, zona norte de Manaus, realiza, até amanhã (26/06), a Mostra de Linguagens Dulcinéia Varela, apresentada por estudantes da 1ª à 3ª série do Ensino Médio. O evento integra a Mostra Cultural Interdisciplinar, que acontece anualmente na unidade escolar.
Com a participação de mais de 50 turmas do turno matutino, vespertino e noturno, dos Ensino Regular e Educação de Jovens e Adultos (EJA), os alunos, por meio de peças de teatrais, jogos e apresentações temáticas, abordam temas como variação linguística e diversidade cultural por região do território brasileiro.
A diretora da EE Dulcinéia Varela, Nelcineide Lira, compartilhou como a iniciativa permite a interação social e o aprendizado dinâmico das diversas disciplinas, usando a criatividade para expor conhecimentos entre os estudantes.
“O segmento deste ano é ‘Linguagens e suas tecnologias’, que fala sobre as várias formas de linguagens. Isso coloca os estudantes para expor, de uma maneira artística, tudo que eles conheceram e aprenderam em sala de aula”, afirmou a diretora.
Aprendizado coletivo
Durante o primeiro dia da mostra, na terça-feira (24/06), os alunos da 1ª série apresentaram a variação linguística dos estados do Ceará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais, por meio de apresentações em salas temáticas. Já os estudantes da 2ª série puderam falar sobre a variação linguística a partir da literatura em peças de teatro.
Abordando os livros “Senhora”, de José de Alencar; “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro”, de Machado de Assis; e “Dois Irmãos”, de Milton Hatoum, os alunos debateram sobre a variação linguística ao longo dos anos. Os estudantes da 3ª série finalizaram a mostra com aulas dinâmicas, utilizando jogos e atividades criativas.
À frente do projeto, o professor de Língua Portuguesa Daniel Nery elucidou a relevância do ensino de português, em sala de aula, e como os estudantes se programaram para apresentar todo conteúdo da melhor maneira possível, durante os três dias da mostra.
“Tudo isso baseado na gramática como sintaxe, morfologia e também produção textual, então são três dias de muitas programações e muitas apresentações de excelência mesmo”, comentou o professor.
Sotaques e diferenças
Falando sobre o Ceará, a aluna Jussarah Castro, 15, esclareceu que sua turma buscou apresentar a diversidade cultural do estado por meio da encenação, utilizando gírias da região e trazendo expressões que ela ainda não conhecia.
“Eu aprendi o significado de muitas expressões que eu não conhecia, como ‘oxente’ ou ‘manazinha’. E acho que está sendo uma experiência muito legal na sala de aula, que é um lugar para aprender coisas novas”, completou a estudante.
