Manaus (AM) – A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), por meio da 34ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Careiro (a 88 quilômetros de Manaus), divulgou, nesta quarta-feira (20/08), informações sobre uma investigação que resultou no afastamento de um professor da rede pública de ensino, acusado por 22 estudantes, com idades a partir de 11 anos, por importunação sexual e estupro de vulnerável.
De acordo com o delegado David Jordão, da 34ª DIP de Careiro Castanho, o caso chegou ao conhecimento da equipe por meio de um Procedimento Operacional Padrão (POP) da Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc), após denúncias encaminhadas pela gestão da escola da rede estadual. As informações indicavam que o professor, que lecionava para turmas do 5º ano, estaria mantendo comportamentos inadequados com os alunos.
“Os relatos indicam aproximações excessivas, olhares sugestivos e, em um dos casos, houve menção a toques indevidos nos seios de uma das alunas. A partir disso, iniciamos imediatamente as diligências para apurar os fatos e levamos o caso ao conhecimento do Judiciário. Solicitamos à Justiça o mandado de prisão temporária do investigado, mas o pedido foi indeferido”, explicou o delegado.
Segundo David Jordão, a Justiça determinou o afastamento do professor de forma imediata da função, o que já foi cumprido, permitindo o avanço das investigações com as garantias legais necessárias. Na segunda-feira (19/08), foram cumpridos mandados de busca e apreensão domiciliar na residência do professor. Durante a ação, foram recolhidos o celular e o notebook dele.
“Nos dispositivos apreendidos encontramos, de forma preliminar, materiais de conteúdo pornográfico. Esses arquivos serão analisados por perícia técnica para verificar a natureza exata do conteúdo. As investigações continuarão com a realização de escutas especializadas com os estudantes e outras diligências autorizadas pela Justiça, pois o nosso objetivo é garantir que todos os procedimentos sejam conduzidos de forma técnica, responsável e dentro dos limites da lei”, completou Jordão.
A Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar (Seduc) informa que, assim que a direção da unidade escolar tomou ciência das denúncias, adotou o Procedimento Operacional Padrão (POP), reportando o caso à Secretaria de Educação e acionando o Núcleo de Inteligência em Segurança Escolar (Nise).
O servidor foi afastado de suas funções. A Secretaria de Educação ressalta que, neste momento, o caso está sendo acompanhado, também, pela Comissão de Enfrentamento ao Assédio Moral e Sexual (Ceams) e que está colaborando com as investigações das autoridades.
A Polícia Civil reforça que o caso permanece sob investigação, com o objetivo de reunir elementos que esclareçam os fatos e possibilitem a adoção das medidas cabíveis dentro do que a legislação determina.