O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul aceitou nesta terça-feira (28/2) os recursos do Ministério Público Estadual que questiona a anulação do júri da tragédia da boate Kiss, que matou 242 pessoas em 2013. Agora, caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Supremo Tribunal de Justiça decidirem se a pena aos quatro réus do caso será mantida.
Em encontro com representantes da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, o Desembargador Antonio Vinicius Amaro da Silveira afirmou que o TJRS é sensível às questões da tragédia ocorrida na boate e que esta é a mais importante para a sociedade gaúcha.
Desde segunda-feira (27/2), familiares das vítimas da Kiss estão em frente ao prédio do TJ em vigília para demonstrar o anseio dos familiares. "É uma promessa de pai lutar pela dignidade do nome e da memória dos nossos filhos. Lutamos com o sentimento de amor, é o que nos move", disse Flávio Silva, ex-presidente da AVTSM.
O júri foi anulado em outubro de 2022, com a alegação de que o juiz do caso teria agido de forma parcial e que houve quebra de paridade entre acusação e defesas.
As penas, até outubro, penalizaram Elissando Spohr a 22 anos e seis meses de reclusão, Mauro Hoffmann, também sócio, a 19 anos e seis meses de prisão, Luciano Bonilha, produtor da banda Gurizada Fandangueira a 18 anos de prisão e Marcelo de Jesus, vocalista da banda, a também 18 anos de prisão.