O presidente Jair Bolsonaro decidiu que irá recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para não prestar depoimento presencial na tarde desta sexta-feira, 29/1, na sede da Polícia Federal sobre o vazamento do inquérito do ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Bolsonaro valeu-se de tais informações para tentar colocar em dúvida a segurança do sistema eletrônico de votação.
O pedido de não comparecimento deverá ser protocolado no início da tarde pela Advocacia Geral da União, que representa o presidente da República.
Segundo aliados do presidente, o advogado-geral da União, Bruno Bianco, também pedirá o adiamento da declaração até que os ministros da corte deliberem sobre a petição.
Nessa quinta-feira, 27/1, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou que a PF colhesse depoimento do presidente. Segundo ele, como Bolsonaro não indicou local, dia e horário dentro do prazo para ser ouvido pelos policiais, ele terá que comparecer na PF às 14h desta sexta-feira, 29/1, para o interrogatório. Caso não se faça presente, Bolsonaro estará descumprindo uma ordem judicial.
Na manhã desta sexta-feira, sem citar nomes, Bolsonaro voltou a citar “interferências” no Executivo. “[Em 2021] enfrentamos também outras atribulações. Interferências no Executivo, as mais variadas possíveis”, disse, em cerimônia na manhã desta sexta-feira (28) no Palácio do Planalto.
Fonte: Congresso em Foco