Manaus (AM) – Fundamentado pelo desenvolvimento econômico e pelo estímulo à geração de renda no Estado, o Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM) publicou uma nota pública em apoio à exploração de potássio no município de Autazes, localizado há 111 quilômetros da capital amazonense.
Autazes possui uma das maiores reservas de potássio a nível global, totalizando mais de 170 milhões de toneladas de cloreto de potássio, conforme indicado pela pesquisa mineral realizada pela Potássio do Brasil.
A meta da mineradora é suprir 20% da demanda de potássio no Brasil a partir de 2027, o que representaria uma significativa redução da dependência atual de importação, que chega a 98%. O investimento estimado para esse empreendimento é de U$ 2,5 bilhões, distribuídos ao longo de 23 anos.
Diante do cenário projetado, o Corecon-AM entende que a exploração do potássio, além possibilitar a geração de milhares de empregos, aumentará a arrecadação de impostos, que por sua vez poderão ser revertidos em melhorias dos serviços públicos para a população.
Segundo os economistas da entidade, há ainda a vantagem de possível queda nos preços dos alimentos, uma vez que o preço do fertilizante tende a sofrer redução com o aumento da oferta de potássio, principal matéria-prima utilizada em sua produção.
O secretário de Energia, Mineração e Gás do Amazonas, Ronney Peixoto, afirma que a exploração do potássio, além de diversificar a matriz econômica do Estado, representaria um ganho para o Brasil sob o ponto de vista econômico e ambiental.
“O Brasil é produtor mundial de alimentos, a estimativa é que a produção brasileira de alimentos chegue a 1,5 bilhão de pessoas ao redor do mundo. Então a gente tem um impacto global de um projeto que nasce na região de Autazes, no interior do Amazonas. Quando você tem o potássio vindo de outros cantos do mundo para cá, ele vem em navios, que estão queimando combustível e emitindo carbono. Portanto, ter uma produção de potássio aqui no Brasil, é um ganho ambiental”, destaca.
O secretário ressalta também a importância do projeto para a população indígena da etnia Mura, que já se manifestou a favor da exploração do potássio. Segundo Rooney Peixoto, com a instalação do projeto, os indígenas da região teriam acesso a oportunidades de emprego e benefícios sociais.
“É bom para Autazes, para o povo Mura, para o Amazonas, para o Brasil e para o mundo”, conclui.
Leia na íntegra a nota publicada pela plenária do Corecon-AM:
“O Conselho Regional de Economia da 13ª Região Amazonas – CORECON-AM, vem a público manifestar apoio à exploração do Potássio no Município de Autazes, no interior do Estado do Amazonas, como alternativa de desenvolvimento econômico e geração de milhares de empregos aos cidadãos do referido município e demais cidadãos amazonense, além de possibilitar a arrecadação de impostos que se reverterão em melhorias dos serviços públicos municipais e estaduais. A exploração do potássio contribuirá também com o desenvolvimento econômico do Brasil, uma vez que possibilitará a redução nos preços dos fertilizantes, vitais para a produtividade do Agronegócio, e consequentemente a redução nos preços dos alimentos consumidos em nossa nação. Não compactuamos com o argumento de que a exploração do potássio poderia causar danos ambientais significativos, pois estamos numa era de avanços tecnológicos que possibilitam a exploração consciente sem impactos negativos ao meio ambiente e à comunidade.”