Manaus (AM) – Não é necessário ir muito longe na história para perceber que as relações trabalhistas se modificaram e se adaptaram às condições e às necessidades das pessoas ao longo dos anos. Desde a revolução industrial, iniciada na Inglaterra em meados do século XVIII até o século atual, muito aconteceu no que diz respeito à visão que as pessoas têm no trabalho.
Walter Martins, que é Consultor de Empresas e Especialista em liderança e estratégia, fala sobre os trabalhadores da chamada Geração Z: “Existe muito essa questão do equilíbrio necessário para se ter realmente um bom profissional. É isso que as empresas estão sentindo hoje dessa geração. Ela é uma geração extremamente perspicaz, ela visualiza certas coisas, ela interage muito bem na área digital, mas falta interagir na área pessoal”, disse.
O que não mudou em relação ao perfil do trabalhador brasileiro nos últimos anos é a questão da qualificação. Quem é mais qualificado consegue melhores oportunidades de emprego, e os jovens estão cada vez mais dedicados a conseguirem uma boa posição no mercado. Só que, mesmo assim, segundo especialistas, a taxa de desemprego entre eles ainda é alta.
“Porque que essas com mais de 50, ela tem já essa estabilidade. Ela já tem a vivência, ela já tem a expertise e ela sabe o que ela quer. É por isso que as empresas hoje estão voltando o seu foco, eu até diria que, redimensionando as suas necessidades”, conclui Walter.
O perfil do trabalhador é baseado em tempos antigos e o mundo mais atual. O autônomo José Cardenes, de 45 anos, fala sobre o perfil dele: “por enquanto eu estou desempregado, mas na experiência que eu tive, nos anteriores, eu me saia muito bem. Com companheirismo”, explicou.
O industriário Paulo Nunes, de 51 anos, fala sobre a diferença de gerações: “Eu sou do tempo antigo ainda. Essa geração Z aí, eu não sei, é incrível. Eles têm outro perfil de trabalho. No meu tempo, eu era empregado. Hoje em dia, eles não suportam isso aí”, afirmou.
Atualmente, duas, três e até quatro gerações distintas estão presentes no mercado de trabalho, interagindo e construindo valores, mas é perceptível o choque entre essas gerações que se relacionam o trabalho, com ideias e ambições diferentes.
*Colaboração de Hellen Guimarães – Repórter da TV Band Amazonas