Birmingham (Reino Unido) – John Michael Osbourne, conhecido como Ozzy Osbourne, um dos maiores nomes da história do rock e símbolo do heavy metal, morreu nesta terça-feira, 22/7. Ele tinha 76 anos e lutava contra problemas de saúde há anos, incluindo a doença de Parkinson e complicações decorrentes de uma queda sofrida em 2019. A morte ocorreu em Birmingham, no Reino Unido, e foi confirmada pelas redes sociais do artista.
Último adeus ao palco
A despedida de Ozzy dos palcos aconteceu há 17 dias, durante o show beneficente “Back to the Beginning”, em Birmingham, sua cidade natal. Na ocasião, ele se apresentou ao lado da formação original do Black Sabbath, banda que fundou nos anos 1970 e com a qual ajudou a moldar o heavy metal como gênero musical.
Devido às limitações físicas, Ozzy se apresentou sentado em um trono, mas ainda assim emocionou o público ao cantar sucessos como “Paranoid”, “Iron Man” e “War Pigs”. O evento foi considerado uma celebração de sua vida e carreira, e arrecadou cerca de 140 milhões de libras para instituições de caridade no Reino Unido.
Saúde fragilizada nos últimos anos
Desde 2020, Ozzy vinha travando uma batalha pública contra o Mal de Parkinson, que afetou diretamente sua mobilidade. Em 2019, sofreu uma queda que agravou seu estado de saúde e o obrigou a cancelar turnês.
Apesar disso, sempre se mostrou resiliente. Em entrevistas recentes, dizia não querer piedade do público: “Não quero subir ao palco parecendo vulnerável. Quero ser lembrado como o artista que fui”, declarou em 2023.
Nos últimos meses, intensificaram-se os rumores sobre sua saúde, mas a família sempre buscou afastar boatos e reforçar que ele estava “lutando com dignidade”.
Homenagens e comoção
A morte de Ozzy Osbourne gerou grande repercussão nas redes sociais e no meio artístico. Artistas como Tony Iommi (BS), James Hetfield (Metallica), Dave Grohl (Foo Fighters), Slash (Guns N’ Roses), Corey Taylor (Slipknot) e Bruce Dickinson (Iron Maiden) publicaram mensagens de despedida, destacando sua genialidade e importância para a música mundial.
Veículos internacionais como The Guardian, Sky News e People classificaram sua morte como “o fim de uma era”. Já para os fãs, Ozzy continuará vivo em cada riff pesado, cada grito rasgado e em cada palco onde o metal for celebrado.
Carreira marcada por revolução e polêmicas
O artista teve uma infância simples antes de ingressar no cenário musical britânico. Com o Black Sabbath, foi pioneiro na criação de um som sombrio, pesado e carregado de crítica social, que logo dominou as paradas e influenciou gerações de músicos.
Após deixar o grupo em 1979, lançou uma bem-sucedida carreira solo, marcada por álbuns icônicos como “Blizzard of Ozz” e “No More Tears”. Sucessos como “Crazy Train”, “Mr. Crowley” e “Dreamer” tornaram-se hinos do gênero.
Conhecido como “Príncipe das Trevas”, Ozzy também protagonizou episódios controversos — como quando mordeu a cabeça de um morcego no palco, em 1982 — e participou, ao lado da família, do reality show “The Osbournes”, que revelou ao mundo sua intimidade com humor e excentricidade.
Legado imortal
Mais do que um vocalista, Ozzy Osbourne foi um símbolo cultural. Criador de um estilo, influenciador de gerações e responsável por transformar a escuridão em arte, ele deixa um legado imortal no rock.
Detalhes sobre o velório e homenagens públicas ainda não foram divulgados pela família. Segundo fontes próximas, haverá uma cerimônia restrita para familiares e amigos próximos, mas uma grande homenagem aberta ao público deverá ser organizada nos próximos dias em Birmingham.
Confira a mensagem de despedida na íntegra
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