País – O ex-atacante, ídolo do Fluminense, Fred, está sendo acusado do crime de abigeato, em Minas Gerais. O abigeato (Lei 13.330/2016) é o crime de subtrair animais de propriedade privada em zona rural e pode envolver gado bovino, equino ou animais que se encontram em campos, pastos, currais ou retiros rurais.
Fred foi denunciado por vizinhos de sua fazenda, localizada na cidade de Carlos Chagas, no Vale do Mucuri (MG). O grupo acusa o ex-jogador Fred de roubar três bois e manter os animais sem cuidados.
Na última semana, a juíza Lilian Lícia de Souza Caetano, da Vara Única da Comarca de Carlos Chagas, autorizou a entrada da polícia militar na propriedade rural.
Entenda o caso
O imbróglio entre vizinhos começou em agosto do ano passado quando produtores rurais da Carlos Chagas, que já utilizavam parte da fazenda de Fred como passagem para o gado, foram à polícia e registraram um boletim de ocorrência contra o ex-jogador e seu pai, Juarez, que é o administrador da fazenda desde 2012.
Segundo o boletim de ocorrência, durante a passagem do gado pela propriedade, o pai do jogador prendeu os animais em um curral e passou a cobrar pelo uso do espaço. Juarez teria se recusado a conversar com o grupo para negociar a entrega dos animais e recusou realizar serviços de conservação da via de passagem, o que teria provocado problemas no trator dos vizinhos, e abandonar um pomar, causando prejuízos da ordem de R$ 25 mil.
Os animais, segundo os fazendeiros, estão há um ano abandonados no curral, sem suplementação alimentar ou cuidados veterinários. O grupo alega que local sempre foi utilizado como servidão de passagem, que é um ato voluntário entre os proprietários rurais, por meio do qual um dos imóveis adquire o direito de utilizar um caminho de acesso através do segundo imóvel, aumentando assim sua utilidade e que se constitui diante da liberdade dos proprietários em contratar.
Em julho, a justiça de Minas Gerais já havia determinado que o ex-jogador e o pai abrissem o local, mas como não houve cumprimento da medida, então, a juíza autorizou que policiais militares entrassem na propriedade, na última quarta-feira (9) como forma de proteção a um oficial de justiça.