O concurso público da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), realizado neste domingo, 6/2, registrou 20.819 faltosos, em Manaus e em outros sete municípios do interior. O número representa aproximadamente 18,6% do total de inscritos no edital, que foi de mais de 111 mil candidatos.
Pelo período da manhã, quando ocorreu a seleção para cargos de nível médio, foram registrados 17.498 faltosos, de um total de 88.854 candidatos. À tarde, durante as provas para nível superior, 3.321 inscritos não compareceram, de um total de 22.777.
Além da capital, o concurso ocorreu também nos municípios de Coari, Eirunepé, Humaitá, Itacoatiara, Parintins, Tabatinga e Tefé. Foram ofertadas 1.350 vagas, divididas em três categorias: mil vagas para aluno soldado (nível médio), 320 vagas para aluno oficial (nível superior) e 30 vagas para aluno oficial de saúde (nível superior).
Confusão
O certame foi marcado por polêmicas e muita confusão. Na última quarta-feira, 2/2, o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) suspendeu o concurso após a identificação de irregularidades no edital, como número de vagas para futuros oficiais maiores que do que as disponíveis, remuneração para cargos maiores do que os previstos em lei e ausência de reserva de vagas para pessoas com deficiência.
No dia seguinte, após defesa protocolada pela e Procuradoria Geral do Estado (PGE-AM), o TCE-AM revogou a decisão que suspendia o certame.
Na quinta-feira, 3/2, o concurso voltou a ser suspenso, dessa vez pelo Tribunal de Justiça do Amazonzas (TJAM), em ação proposta pela Defensoria Pública do Estado. Segundo a decisão judicial, houve “abuso de poder” do Governo do Amazonas e da Fundação Getúlio Vargas (FGV) em realocar o local da prova apenas nove dias antes do certame. No dia seguinte, o presidente do TJAM, desembargador Domingos Jorge Chalub, manteve a realização do concurso.
Nesse domingo, 6/2, dia do concurso, um grupo de candidatos perdeu a prova porque o endereço da escola indicado no cartão de confirmação fornecido pela FGV estava errado.