O câncer colorretal é o segundo tipo de tumor que mais mata homens e mulheres no Brasil – são mais de 40 mil pessoas ao ano. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), são estimados 230 novos casos de câncer colorretal para o Amazonas no ano de 2022, sendo 120 em homens e 110 em mulheres, a maioria em pessoas com mais de 45 anos ou que tenham casos na família.
No Dia Nacional de Combate ao Câncer de Intestino, próximo domingo, 27/03, a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) chama a atenção para a prevenção, o diagnóstico precoce e o tratamento da doença.
Com o tema “Abrace essa ideia outra vez”, a campanha nacional – Março Azul –, é organizada pelas Sociedades Brasileiras de Endoscopia Digestiva (Sobed) e de Coloproctologia (SBCP). As ações são realizadas em todo o país por meio de palestras, mutirões, iluminação de monumentos em diversos Estados com o azul durante parte ou todo o mês de março, cujo objetivo é chamar a atenção para o tema.
Conforme pontua o chefe do serviço de Endoscopia da Fundação Cecon, médico especialista em Endoscopia, Marcelo Tapajós, os avanços tecnológicos e o uso de aparelhos mais sofisticados têm contribuído com o diagnóstico precoce da doença. Ele cita, por exemplo, aparelhos de endoscopia que permitem a identificação e o tratamento das lesões de forma segura e eficaz.
Doença
O câncer colorretal atinge o intestino grosso, chamado cólon, e no reto – final do intestino, antes do ânus. Os tumores começam a partir de pólipos, que são lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso, onde se transformam em câncer.
São fatores de risco para o desenvolvimento da doença o sedentarismo, o consumo excessivo de alimentos industrializados – principalmente carnes processadas, que possuem alto teor de gordura –, tabagismo e alcoolismo, além de pouca ingestão de alimentos ricos em fibras.
O diagnóstico é feito por meio da colonoscopia, exame minimamente invasivo que analisa o intestino grosso e o reto.
Sintomas
Os principais sintomas são presença de sangue nas fezes, dor e cólica na barriga, sensação de que o intestino não é completamente esvaziado, perda de peso rápida e não intencional, anemia, cansaço e fraqueza.
O tratamento pode ser endoscópico, com a remoção do tumor por meio da colonoscopia ou, nos casos mais avançados, pode ser necessário cirurgia, quimioterapia e radioterapia.