A fachada do Bumbódromo de Parintins vai ganhar uma obra de arte gigante, de mais de 770 metros quadrados de pura cultura e folclore popular. A revitalização, feita pela Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, recebe a assinatura da dupla de artistas parintinenses Curumiz, composta por Alziney Pereira e Emerson Freitas.
Os preparativos para o 55º Festival Folclórico de Parintins estão a todo vapor. Além da fachada do espaço, que tem quase 30 metros de altura, uma galeria de arte a céu aberto, de mais de 2 mil metros quadrados, já começa a colorir os muros da ilha Tupinambarana.
Marco cultural
Os personagens centrais do grafite dos Curumiz e dos artistas Teo Onda e André Hulk são os bumbás Caprichoso e Garantido, mas a obra de arte também conta com elementos da natureza amazônica.
Intitulada “Vitória da Cultura Popular”, os artistas contam com uma grande estrutura para executar a maior obra da carreira. São 138 litros de tinta líquida e em spray, 12 rolos e pincéis e andaimes que ajudam a colorir de vermelho e azul o Bumbódromo.
Para a dupla de artistas, o Festival é a manifestação cultural mais importante do Norte e participar do projeto é um marco na carreira dos profissionais.
“Um orgulho cultural inexplicável. Orgulhosos de manifestar através da nossa arte essa festa, que não é só festa, mas também é saudade, é amor, é bater no peito e mostrar ao mundo o quanto somos ricos culturalmente. É algo que não conseguimos explicar. É orgulho de ser parintinense, de ser do Amazonas”, comenta, emocionado, o Curumiz Alziney.
Galeria a céu aberto
Mais de 2 mil metros de muros estão sendo coloridos por nove artistas de Parintins, para o projeto da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa batizado como “Parintins – Galeria Cidade Aberta”.
Conforme o curador Diego Omar, a ação visa abranger artistas visuais que não estão na cadeia produtiva dos bois.
“Os murais abordam a temática indígena, a cultura cabocla, as cosmologias amazônicas, as festas e tradições parintinenses, os bumbás, o papel das mulheres e o mundo do trabalho na cidade”, resume o curador.
São nove muros públicos e particulares que incluem, por exemplo, o Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, Planeta Boi e o estádio Tupy Cantanhede. Os artistas Andrew Viana, Dermison Salgado, Dennis, Evanil Maciel, Levi Gama, Jarbas Lobão, Josinaldo Mattos, Miguel Carneiro e Pito Silva assinam as obras de intervenção cultural.