Rafael Ilha foi o convidado do quadro “Caixa Surpresa” no Melhor da Tarde da última sexta-feira (17/3). Durante o papo com Catia Fonseca, ele relembrou um dos momentos mais difíceis de sua vida: sua luta contra o vício em drogas. Ex-integrante do grupo musical Polegar, ele relatou que chegou a ser internado dezenas de vezes e que a última clínica pela qual passou foi particularmente difícil.
“Realmente eu estava em um período crítico. Foi o pior lugar [a última clínica na qual esteve internado] em que passei na minha vida. Eu estava muito ruim, eu fumava 70 pedras de crack por dia, estava com 42 quilos", ressaltou o ex-cantor.
Ilha ainda disse que chegou a ser expulso de casa pela mãe e que morou um tempo na rua por causa do vício. Movido pelo próprio drama, ele abriu uma clínica de reabilitação. Entretanto, ele fechou o estabelecimento após a morte de um dos pacientes.
“Ele não morreu dentro da clínica. Ele já era para ter sido internado com a gente pela quarta vez. Foram pegar ele em um resgate. Ele estava usando muito crack. Dentro do carro ele teve uma convulsão que veio com vômito. Teve uma embolia. Fui recebê-lo no carro. Quando olhei para ele falei: ‘Está morto’. Depois desse incidente, fechei a clínica”, contou.
Rafael Ilha também frisou que entrou em depressão após o episódio e que chegou a tentar suicídio. “Paguei com a língua. Sempre falei que depressão é coisa de fresco. Depois desse caso não consegui mais trabalhar. Acabei indo trabalhar em uma comunidade, mas daquele jeito, com aquela tristezinha. No final de 2009 tive uma tentativa de suicídio”, afirmou.
“Quando atentei contra minha vida estava indo ver minha avó. Não lembro de muita coisa, só de flashes. Lembro que peguei um vaso de flor que estava na sala, peguei um caco e cortei o pescoço. Tomei 63 pontos no pescoço”, complementou.