País – Quem é fã do influenciador e comediante Whindersson Nunes, de 29 anos, sabe que ele sonha com a paternidade. E inclusive, ele experienciou a perda de um filho com a ex-namorada, Maria Lina. O feto nasceu prematuro, com 22 semanas. Contudo, ele comoveu os fãs ao contar que perdeu mais um bebê.
Tudo começou com uma publicação que o comediante fez no X, antigo Twitter. Ele pergunta: “Barriga solidária para pai solo é permitido no Brasil? Eu queria que meu filho(a) fosse brasileiro(a)”.
Enquanto alguns internautas apoiaram o Whindersson, e até explicaram como funciona uma barriga solidária, muitos outros criticaram a decisão dele. Uma pessoa escreveu: “Tem milhares de crianças brasileiras esperando por adoção” e o famoso rebateu: “E o que tem a ver com a MINHA experiência de perder um filho, e querer gerar da mesma forma?”.
A discussão aumentou exponencialmente. Questões como adoção, luto e até a capacidade reprodutiva da mulher foram abordadas para criticá-lo, que em meio a tudo isso compartilhou um desabafo sobre seu último ano.
“Ano passado, tive outro filho e perdi mais uma vez, quase morri de um choque anafilático numa sauna na Inglaterra, quebrei a mão em uma praia no Triângulo das Bermudas. Minha vida não é a novela que vocês querem que seja”, disse.
No Instagram, o artista compartilhou capturas de tela das críticas e acabou recebendo muito apoio de fãs e amigos. “Whindersson, não é sobre você. É sobre elas. Não seja uma tela em branco para projeções de pessoas mergulhadas no ódio. Se cuide”, disse uma.
“Sinta-se amado, por favor, não absorve o esgoto que essas pessoas transpiram”, falou outra. Além disso, famosos como Ivete Sangalo, Tatá Werneck e Carlinhos Maia demonstraram apoio a ele.
Música para os haters
O humorista ainda compartilhou algumas das muitas críticas que recebeu envolvendo a ex-namorada, Maria Lina, a ex-mulher, Luísa Sonza, e seu desejo de ter um filho por meio de barriga solidária.
“Meu Deus do céu. Eu me recusava a acreditar que as relações dele não davam certo porque ele só queria uma mulher para parir, mas depois dessa, eu tive a confirmação. O miserável só quer uma incubadora humana para gerar sua prole”, postou uma internauta.
“Ou por ter acabado com a vida de algumas mulheres, como elas mesmo saem dizendo, posso querer tentar ter uma família sem colocar a reputação de alguém em risco. Você deve ser uma moça detestável, fique tranquila, não quero [ter filhos] com você”, rebateu Whindersson.
Ele ainda foi acusado de abandonar Maria Lina e Luísa Sonza, e de ter causado tudo o que aconteceu com as ex-mulheres por conta do uso excessivo de drogas. Contudo, o comediante não perdeu a oportunidade de ironizar: “Vou fazer uma música chamada ‘Drogado Abandonador de Lares no Puerpério’. Talvez eu ganhe algo com isso”, escreveu.
Afinal, o que é barriga solidária?
Barriga solidária, também conhecida como “barriga de aluguel” ou “gestação de substituição”, é um procedimento no qual uma mulher concorda em engravidar e levar a gestação até o parto, visando entregar a criança para outra pessoa ou casal.
Geralmente, a mulher que leva a gestação não tem nenhum vínculo genético com o bebê, sendo este concebido a partir do material genético dos futuros pais ou de doadores de esperma e óvulos.
No Brasil, a barriga solidária, isto é, que não tem fins lucrativos, é permitida, porém, com restrições e regulamentações. Em 2022, o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu uma resolução que estabelece diretrizes para a realização do procedimento.
De acordo com essa resolução, a gestação de substituição só pode ser realizada quando há um problema médico que impeça a mulher de engravidar ou de levar a gestação até o fim, como a ausência de útero, malformações uterinas ou doenças que contraindiquem a gestação.
Além disso, é necessário haver um vínculo de parentesco entre a mulher que vai gestar e a que irá criar a criança, como parentesco de até quarto grau.
Apesar de ser permitida, a barriga solidária no Brasil é um tema polêmico e que levanta diversas questões éticas, jurídicas e sociais. Muitas pessoas defendem que o procedimento pode ser uma solução para casais que não conseguem ter filhos naturalmente, enquanto outros argumentam que pode abrir precedentes para exploração de mulheres em situações de vulnerabilidade e para a comercialização do corpo humano.