O câncer de pele do tipo não melanoma é considerado hoje o mais frequente no Brasil, correspondendo a nada menos que 31,3% de todos os casos da doença diagnosticados no País, de acordo com dados recentes do INCA (Instituto Nacional do Câncer).
E, assim como outros tipos de tumor, um dos grandes desafios para médicos e pacientes é diagnosticar a doença ainda em estágio inicial – já que, muitas vezes, as lesões surgem em partes do corpo que não vemos com frequência, como as costas e o couro cabeludo, por exemplo.
Isso dificulta muito a detecção precoce do câncer, considerada a “regra de ouro” para que seja possível utilizar tratamentos menos agressivos e também aumentar as chances de cura do paciente.
Para falar sobre esse e outros assuntos relativos à doença, o terceiro episódio do podcast “De Bem Com a Saúde” conta com a presença de Eduardo Bertolli, especialista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo em cirurgia oncológica.
Durante a conversa, Bertolli falou sobre uma regra que os médicos costumam utilizar para orientar as pessoas na hora de observarem lesões de pele – como pintas e manchas – em busca de algum sinal suspeito.
A regra, conhecida como “ABCDE”, significa:
“A" de “assimetria”, ou seja, observar se há alguma pinta assimétrica, já que as saudáveis e normais costumam ser simétricas.
“B” para “bordas” irregulares;
“C” para “cor”, particularmente as pintas mais escuras com manchas de outras cores;
“D” para “diâmetro”, que deve ser considerado suspeito acima de 5 milímetros;
“E” para "evolução", ou seja, se o surgimento da pinta e seu crescimento ocorra de forma repetina e rápida.
O ideal, no entanto, seria que as pessoas buscassem o médico dermatologista ao menos uma vez por ano para realizar um check-up completo e mapear as lesões com a ajuda do especialista.