Manaus (AM) – Paulo Juvêncio de Melo Israel, que tinha 63 anos, morreu nessa segunda-feira, 26/5, no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), localizado na rua Tomás de Vila Nova, bairro Centro, zona Sul de Manaus. Paulo Onça, como era conhecido o sambista e compositor, estava internado há cinco meses no Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, depois de ter sido vítima de agressão após um acidente de trânsito em dezembro de 2024.
O artista passou por diversos procedimentos cirúrgicos, como cranioplastia, durante seu período internado. Paulo foi encaminhado ao HPS João Lúcio, onde permaneceu internado até o último dia 12 de maio, sendo transferido ao Hospital Getúlio Vargas.
O velório do compositor amazonense será realizado às 9h desta terça-feira, 27/5, na Escola de Samba Vitória Régia, localizada no bairro Praça 14. Paulo será sepultado às 16h do mesmo dia no Cemitério São João Batista, na avenida Álvaro Maia, bairro Nossa Sra. Das Graças, zona Sul.
Relembre a agressão
Paulo Onça foi agredido violentamente após ultrapassar o semáforo vermelho e colidir contra um veículo na madrugada do dia 5 de dezembro, na rua Major Gabriel, bairro Praça 14, na zona Sul de Manaus.
Conforme o relato de familiares e imagens de um circuito de vigilância do local, o outro motorista envolvido no acidente, identificado como Adeilson Duque Fonseca, agrediu fisicamente o músico até ele desmaiar e fugiu do local do sinistro. O homem foi preso preventivamente no dia 7 de dezembro.
O Governo do Amazonas, a Prefeitura de Manaus e a Câmara Municipal de Manaus (CMM) prestaram condolências à família de Paulo Onça, que deixa um legado na cultura popular brasileira.
Confira as notas de pesar na íntegra
O Governo do Amazonas lamenta, com profundo pesar, o falecimento do compositor amazonense Paulo Juvêncio de Melo Israel, o Paulo Onça, nesta segunda-feira (26/05), aos 63 anos. O sambista estava internado desde o dia 5 de dezembro, em Manaus, após agressão durante um acidente de trânsito.
Paulo Onça deixa um legado marcante na cultura popular brasileira, especialmente nos desfiles das escolas de samba. Dono de versos que emocionaram multidões, ele assinou sambas memoráveis, entre eles o enredo da Acadêmicos da Grande Rio em homenagem à cantora Ivete Sangalo, em 2017 – uma obra que ficou registrada como um dos momentos mais celebrados do Carnaval carioca.
O primeiro grande sucesso do compositor foi o samba-enredo “Nem Verde e Nem Rosa”, que levou a Escola de Samba Vitória Régia ao título de campeã do carnaval manauara em 1990.
Ao longo de sua trajetória, escreveu mais de 130 músicas e teve suas composições interpretadas por grandes ícones da música brasileira, como Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e o grupo Exaltasamba, reafirmando sua importância e respeitabilidade no cenário nacional.
Neste momento de dor, nos solidarizamos com os familiares, amigos e admiradores de Paulo Onça. Sua voz e sua poesia seguem eternas nas rodas de samba.
O prefeito de Manaus, David Almeida, manifesta profundo pesar pelo falecimento do sambista e compositor amazonense Paulo Juvêncio de Melo Israel, conhecido como Paulo Onça, ocorrido nesta segunda-feira, 26/5.
“Paulo Onça foi mais do que um sambista: foi a alma do samba de Manaus. Sua partida nos entristece profundamente, mas seu legado será eterno. A cultura manauara hoje está de luto”, lamentou David Almeida.
Figura central na história da música popular do Amazonas, Paulo Onça dedicou mais de 45 anos de sua vida à arte e à valorização do samba como expressão da alma manauara. Com mais de 130 composições, teve suas obras interpretadas por ícones nacionais como Zeca Pagodinho, Jorge Aragão, Leci Brandão e Exaltasamba, levando o nome de Manaus para todo o Brasil.
A Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), acompanhará todos os trâmites relacionados ao velório e à homenagem póstuma ao artista.
“Com profunda tristeza recebemos a notícia do falecimento do artista Paulo Onça, um nome que marcou a cultura brasileira com seu talento, irreverência e compromisso com a arte popular. Paulo foi uma figura essencial na cena cultural de Manaus, deixando um legado que permanecerá vivo em nossa memória”, afirmou o diretor-presidente da Manauscult, Jender Lobato.
Além de sua genialidade artística, Paulo Onça foi um defensor incansável da cultura popular, contribuindo com escolas de samba locais e do Rio de Janeiro, como a Grande Rio, e inspirando gerações de músicos e compositores.
A CMM, em nome do presidente da Casa, David Reis (Avante), e de todos os parlamentares da 19ª Legislatura, manifesta seu pesar pela morte do sambista Paulo Juvêncio de Melo Israel, aos 63 anos, ocorrida nesta segunda-feira (26 de maio).
“Paulo Onça”, como era carinhosamente conhecido, se destacou por contribuir de forma significativa para a cultura do carnaval e para o engrandecimento da música popular. Sua trajetória de compositor foi marcada por importantes parcerias com grandes nomes do samba.
A CMM se solidariza com seus familiares e amigos, desejando força para enfrentar essa irreparável perda
Veja o momento da colisão e da agressão