Manaus (AM) – O senador Plínio Valério (PSD) é o convidado da semana no Band Entrevista, programa apresentado pelo jornalista Neto Cavalcante. Neste próximo domingo, 20/7, o parlamentar fará, ao vivo, às 23h05, denúncias sobre o que considera uma “farsa eleitoral” envolvendo a BR-319, e ainda confirmará sua pré-candidatura à reeleição em 2026.
A entrevista também traz como ponto forte abordagens às emendas parlamentares destinadas ao Amazonas, destacando projetos de lei de sua autoria e explicando sua atuação na CPI das ONGs.
Críticas ao STF e defesa de impeachment
De acordo com Plínio, o STF tem “usurpado a função de legislar”, invadindo atribuições do Congresso. O senador afirmou que o Senado é cúmplice por permitir essa atuação e defendeu a aprovação de um mandato limitado para os ministros do Supremo.
“Eles fazem isso porque só vão sair aos 75 anos. Se tivessem prazo, não fariam essas loucuras. Eu defendo mandato e impeachment de ministro, sim. Isso está previsto na Constituição”, disse.
Plínio citou nominalmente os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Gilmar Mendes e Flávio Dino como figuras que, segundo ele, “extrapolam suas prerrogativas”.
BR-319: estudo “enganoso” e promessa eleitoreira
Ao comentar o anúncio do governo federal sobre um novo estudo técnico para o asfaltamento da BR-319, o senador foi categórico: trata-se de uma tentativa de ganhar tempo até o período eleitoral.
“Isso é enganação. Já tem um estudo pronto, feito pelo Ministério da Infraestrutura, que aponta viabilidade ambiental e econômica. Agora querem fazer outro que só vai ser apresentado na véspera da eleição. É mentira”, criticou.
Plínio também acusou a Ministra de Estado do Meio Ambiente e Mudança do Clima do Brasil, Marina Silva, de distorcer informações sobre a estrada: “Ela ironiza o nosso direito de ir e vir e mente dizendo que a BR vai desmatar 400 quilômetros. Não vai. Isso já está provado”.
CPI das ONGs: recursos bilionários sem rastreio
Plínio Valério reforçou os resultados da CPI das ONGs, afirmando que apenas seis organizações ouvidas na comissão movimentaram juntas mais de R$ 2 bilhões com recursos de origem estrangeira.
“É um poder paralelo. Dinheiro da Noruega, Alemanha, Canadá… entra no país e ninguém sabe onde vai parar. Nem o Banco Central, nem o Itamaraty. E essas ONGs vendem uma imagem falsa da Amazônia, prejudicando os próprios amazonenses”, afirmou.
O senador também citou a Fundação Amazônia Sustentável como uma das instituições investigadas e denunciou o que chamou de “conluio entre ONGs, órgãos ambientais e parte do Judiciário”.
Banco Central: autonomia precisa ir além
Responsável por relatar a proposta que amplia a autonomia do Banco Central, Plínio explicou que sua proposta complementa a lei já em vigor, de sua autoria, que intercalou os mandatos da presidência da República e do BC. Agora, ele defende autonomia financeira e orçamentária para a instituição.
“O Banco Central é um Boeing com orçamento de teco-teco. Eles têm caminhões de 40 anos para transportar dinheiro em espécie e só 20 pessoas para cuidar do PIX. Precisam de pelo menos 60”, exemplificou.
Mandato, emendas e foco na saúde da mulher
Durante a entrevista, Plínio também fez um balanço do mandato. Disse que, dos R$ 800 milhões em emendas que indicou, R$ 510 milhões já foram pagos e destinados a hospitais e municípios em todo o Amazonas.
Ele também destacou projetos de lei em tramitação, incluindo a proposta que obriga o SUS a realizar mamografias a partir dos 40 anos de idade, não mais dos 50, como é hoje.
“Essa lei vai salvar milhares de mulheres, principalmente aquelas que não têm acesso à saúde e descobrem o câncer quando ele já está avançado”, afirmou.
2026: candidatura confirmada
Plínio confirmou que será candidato à reeleição ao Senado, mas ressaltou que, antes, pretende prestar contas do mandato com a distribuição de uma cartilha detalhando suas ações legislativas e as emendas destinadas.
“Em dezembro eu quero apresentar o que fiz, o que aprovei, o que destinei. Em janeiro, me declaro oficialmente candidato à reeleição”, afirmou.
Independência política e posicionamento ideológico
Questionado sobre seu alinhamento político, o senador disse ser “mais de direita do que de esquerda”, mas evitou rótulos rígidos. Reforçou a proximidade com o deputado Capitão Alberto Neto (PL), mas afirmou que não está atrelado a grupos políticos.
“A direita no Amazonas vai além do bolsonarismo. Eu sou republicano e defendo o Amazonas. Se algo do governo for bom para o povo, eu apoio. Mas 80% das minhas votações são de oposição”, concluiu.
Para conferir, ao vivo, a entrevista na íntegra, basta ficar ligado na TV Band Amazonas, pelos canais 13.1 / 518 (NET) ou no 513 (SKY), às 23h05.