A 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus julga nesta quinta-feira, 2/12, o réu Ivan Rodrigues Chagas. Ele é acusado de matar a companheira, Jerusa Helena Torres Nakamine, em abril de 2018. A sessão de julgamento popular, marcada para ocorrer no Fórum de Justiça Ministro Henoch Reis, a partir das 9h, será presidida pela juíza de Direito Ana Paula de Medeiros Braga Bussulo.
No dia 28 de janeiro de 2020, Ivan Chagas chegou a ser levado a júri popular, mas no segundo dia dos trabalhos em plenário houve o cancelamento da sessão, já na sua fase final, por volta das 20h, porque um dos jurados passou mal, precisou ser socorrido e levado ao pronto-socorro. Foi necessário, então, dissolver o Conselho de Sentença dessa sessão de julgamento.
Naquela data, ainda em plenário, a magistrada que presidia a sessão de julgamento remarcou o júri para 19 de março seguinte. No entanto, em razão da pandemia, que levou à suspensão de toda a pauta de julgamentos do Tribunal do Júri – que exige atividade presencial –, foi adiado.
Este ano, a sessão de julgamento seria realizada no dia 20 de setembro, mas foi adiada em razão de pedido feito pela defesa para redesignação da data, alegando que o réu estava em tratamento de saúde e que não teria condições de participar do julgamento naquele dia.
Entenda o caso
Jerusa Helena Torres Nakamine, de 51 anos, foi encontrada morta dentro da própria casa, com múltiplos ferimentos por arma branca no tórax, membros superiores e região cervical. O crime ocorreu na manhã do dia 12 de abril de 2018, na rua Luanda, conjunto Campos Elíseos, bairro Planalto, Zona Centro-Oeste de Manaus.
O laudo de necropsia apontou que a mulher foi assassinada com 14 facadas. Antes da chegada da polícia, conforme aponta o laudo, houve tentativa de forjar a cena do crime.
O marido da vítima, segundo a Polícia Civil, o também empresário Ivan Rodrigues das Chagas, de 56 anos, é o principal suspeito de ter cometido o crime.
Conforme o documento, a vítima estava em cima de uma poltrona e foi golpeada, diversas vezes, por um instrumento de ação cortante e perfurocortante. A morte, segundo o laudo, foi causada por choque hipovolêmico, devido à hemorragia externa maciça causada pela incisão profunda em região cervical anterior (esgorjamento). "Além disso, pela rigidez cadavérica, a morte ocorreu há mais de cinco horas", diz um trecho do documento.