Manaus (AM) – A Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas (CGJ-AM) e a Polícia Civil vão trabalhar de forma integrada na repressão a crimes cibernéticos. Um dos focos do trabalho integrado entre as duas instituições será o de repressão a crimes como os de tentativa de “golpes” por meio dos quais, pessoas utilizando-se de artifícios criminosos fazem uso de aplicativos de mensagens via celular para solicitar, de maneira fraudulenta, o repasse de valores financeiros.
O combate e repressão a golpes tipificados como o de “falso advogado” foram pautas de uma reunião realizada nessa quarta-feira (9), em Manaus, pelo corregedor-geral de Justiça do Amazonas, desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos e o delegado da Polícia Civil titular da Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Cibernéticos, Henrique Brasil.
Conforme relatado pelo delegado Henrique Brasil durante a reunião, uma das modalidades de “golpes” com alta incidência, tem sido aqueles em que criminosos, fazendo uso de aplicativos de mensagens de celular, se passam por profissionais como advogados e abordam as pessoas, requisitando, de forma indevida e fraudulenta, pagamentos de valores financeiros de supostos alvarás, custas judiciais e outros.
Segundo o desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos, no que compete à Corregedoria-Geral de Justiça, medidas administrativas serão tomadas na tentativa de coibir esse tipo de crime no Amazonas assim como para contribuir e dar maior agilidade ao trabalho investigativo realizado pela Polícia Civil.
“Medidas administrativas serão intensificadas pelo Poder Judiciário Estadual a partir da ação da Corregedoria-Geral de Justiça e algumas destas medidas foram alinhadas já nesta reunião com o delegado Henrique Brasil. Os próximos passos, a partir da formalização das demandas apresentadas pela Polícia Civil, serão: a realização de reuniões internas com setores técnicos do Tribunal de Justiça; a definição de um plano de ação e a formalização de um acordo de cooperação técnica com a Delegacia Geral. O objetivo será a repressão e a prevenção a este tipo de crime”, afirmou o desembargador José Hamilton Saraiva dos Santos.
Conforme relatado na reunião pelo delegado Henrique Brasil, a incidência desta modalidade de crime – notadamente o de pessoas que se passam por “falsos advogados” – tem crescido exponencialmente e medidas integradas entre órgãos como a Polícia Civil e o Poder Judiciário, são imprescindíveis para o êxito do trabalho de repressão.