A Fundação Nacional de Artes (Funarte) promove nesta quinta-feira, 10/2, o relançamento gratuito, e com recursos de acessibilidade, de documentários do Projeto Pixinguinha, em seu canal no YouTube.
Pixinguinha é considerado o pai do choro, gênero musical baseado na formação flauta, violão e cavaquinho. O compositor, maestro, arranjador e instrumentista nasceu no Rio de Janeiro e cresceu na região central da capital fluminense, com os pais e 13 irmãos.
O produtor e diretor artístico da Funarte, Paulo César Soares, disse que um dos papéis mais importantes para quem trabalha na área de artes é permitir o acesso ao acervo.
"Agora, em que tudo precisa estar viável pela internet com um clique, nesse caso adaptado às pessoas que não tinham acesso, a iniciativa é motivo de alegria. Estamos falando de inclusão e incluir é criar condições para que pessoas com algum tipo de deficiência possam ter acesso ao campo da arte. Acho que isso é uma vitória”. O diretor admitiu que a questão da acessibilidade não é nova, mas que quando se coloca adaptada a um acervo, vira nova.
Publicados com recursos de acessibilidade – Libras, closed caption (legenda oculta) e audiodescrição -, os vídeos documentam a trajetória do programa que celebrou a memória do músico Alfredo da Rocha Vianna Filho, conhecido como Pixinguinha, e que circulou pelo Brasil em diferentes fases, de 1977 a 2017.
O relançamento ocorre no mês em que se completam 49 anos da morte de Pixinguinha, aos 75 anos de idade, no dia 17 de fevereiro de 1973. O músico faria 125 anos em 4 de maio deste ano.
No conjunto de vídeos que será lançado, o público poderá conferir também, gratuitamente, filme em comemoração aos 120 anos do compositor, divulgado em 2017, com depoimentos dos letristas Hermínio Bello de Carvalho e Paulo César Pinheiro, do fotógrafo Walter Firmo e do arranjador Paulo Aragão, informou a Funarte.
Vitrine da música
Para Paulo César Soares, o Projeto Pixinguinha continua sendo uma vitrine da música brasileira. “O projeto mostrou o que a música brasileira produzia de norte a sul, de leste a oeste”. Ele destacou que os talentos existem em todo o país mas, às vezes, não têm oportunidade de se mostrar. “E o Projeto Pixinguinha dá essa oportunidade”.
Segundo o diretor, a Funarte estuda a possibilidade de dar seguimento ao projeto, com shows artísticos a preços populares, bem dirigidos e bem roteirizados, com duração de uma hora e quinze minutos, contemplando os formatos presencial e online. A intenção é que seja feito o mais breve possível, embora sejam necessários recursos para transformar o projeto em realidade.
Fonte: Agência Brasil