Desde sua saída do Podemos, partido em que era pré-candidato à Presidência, o ex-ministro e ex-juiz Sérgio Moro busca um projeto político no União Brasil, partido que se filiou em março. Depois da rejeição interna ao seu nome para uma possível candidatura presidencial, Moro já fala abertamente sobre uma disputa ao Senado, ou para Câmara dos Deputados, pelo estado de São Paulo.
“Estou hoje em São Paulo e estou construindo aqui um espaço. Isso tem que ser construído, evidentemente, dentro do partido. Mas é possível, provável, que eu seja candidato ao Senado por São Paulo, mas isso ainda está em construção”, disse o ex-ministro de Bolsonaro em entrevista à webradio Insuperável. “Posso ser também candidato a uma outra posição”, completou, em referência à uma candidatura à Câmara.
O União Brasil tem preferência que Moro dispute uma vaga à Câmara por São Paulo porque acredita em seu potencial eleitoral. Ele seria um “puxador de votos”, ajudando a eleger outros nomes do partido no estado. Moro, no entanto, vem enfrentando dificuldades na Justiça Eleitoral do estado. Partidos de esquerda, como o PT, tem questionado a legalidade da mudança de seu domicílio eleitoral de Curitiba, no Paraná, para São Paulo, em ano eleitoral.
Programa de governo
Além do projeto eleitoral em São Paulo, Sérgio Moro fará parte da equipe que vai elaborar o programa de governo da candidatura presidencial do União Brasil. No dia 31 de maio, o partido vai lançar a candidatura do deputado federal Luciano Bivar (União-PE) à Presidência – esse projeto vai permitir que os diretórios estaduais decidam qual candidatura apoiar, não necessariamente a do partido. Moro ficará responsável pela pauta de combate à corrupção no programa de governo. O ex-ministro Luiz Henrique Mandetta ficará com a área da saúde. Já o ex-ministro Mendonça Filho pela educação.