Manaus (AM) – O Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) lançou a pré-candidatura de Gilberto Vasconcelos à Prefeitura de Manaus. A decisão foi aprovada pelos membros do diretório municipal, em reunião realizada na noite da última segunda-feira (3).
A expectativa do partido é de apresentar um perfil classista e radical, debatendo um projeto socialista para a cidade de Manaus e de enfrentamento com os interesses dos ricos e poderosos. “O que temos em Manaus é um imenso abismo de desigualdade social, onde uma ínfima minoria usufrui de quase toda a totalidade do que é produzido aqui”, afirma Gilberto.
O pré-candidato do PSTU destaca que o desafio é apontar saídas concretas aos problemas mais sentidos pela população manauara: “É uma imensa contradição que na 5° cidade mais rica do país o desemprego, a miséria e a violência cresçam a cada ano. No ranking das capitais com maior número de desempregados, Manaus ocupa o 3° lugar, mais de 40% da população metropolitana de Manaus é pobre, a maior do país, segundo o 9º Boletim Desigualdade nas Metrópoles, Manaus tem o 12º pior indicador de saneamento básico entre as 100 maiores cidades do Brasil, Manaus é a capital mais violenta do país e a 27ª cidade do mundo, segundo levantamento da ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e a Justiça Penal referente ao ano de 2023”.
“O capitalismo está nos levando para a barbárie climática. Nesse ano de eleição, mais promessas serão feitas, caras novas surgiram, mas nenhum partido da ordem burguesa, de direita ou de esquerda, que buscam gerenciar as crises criadas pelo sistema capitalista, pode dar fim a barbaria que nos espera na próxima esquina. Somente um projeto revolucionário e socialista pode nos livrar dessa destruição dos recursos naturais do planeta imposta pelo capitalismo. Só um projeto socialista, fincado na independência de classe, pode construir as soluções para que a humanidade não atravesse o ponto de não retorno que os cientistas tanto nos avisam”, disse o pré-candidato do PSTU.
Gilberto finaliza afirmando que sua pré-candidatura é de oposição de esquerda, socialista e revolucionária a todos os governos. “Nosso compromisso é com os trabalhadores. Não temos relação nenhuma com nenhum governo de nenhuma das três esferas – municipal, estadual e federal. Somos oposição de esquerda a todos eles. Não estamos aqui para vender ilusões, como fazem os partidos cada eleição – que prometem governar para todos e, quando se elegem, favorecem os ricos e tiram o couro da classe trabalhadora. Ou como fazem os partidos reformistas e neo-reformistas como PT, PCdoB e até o PSOL, que propõem uma mudança dentro da ordem, um capitalismo de rosto humano, mas que, ao aliarem-se a setores burgueses e patronais, acabam reproduzindo as velhas práticas dos partidos tradicionais. Nós queremos uma prefeitura em que trabalhadores de fato governem. Por isso, o nosso programa dirigido exclusivamente à classe trabalhadora; às camadas intermediárias proletarizadas, como os pequenos proprietários e os funcionários públicos; aos precarizados, informais, aos desempregados, à juventude, aos povos indígenas, aos negros, às LGBTs, enfim, a todos os segmentos oprimidos e discriminados de nossa cidade”, conclui Giberto Vasconcelos.
Quem é Gilberto Vasconcelos
Gilberto Vasconcelos da Silva é professor da rede municipal e tem 57 anos. Formado em Letras pela UFAM, foi candidato a vice-governador em 2014, quando Hebert Amazonas disputou uma vaga para o governo, disputou uma vaga para vereador em 2016, e em 2020 concorreu à prefeitura. Atualmente, preside o diretório estadual do partido. Gilberto também é membro da Central Sindical e Popular – Conlutas do Amazonas.