A Polícia Civil investiga se pelo menos outras 30 mulheres atendidas pelo anestesista preso após estuprar uma mulher durante uma cesariana também foram vítimas do criminoso. O crime ocorreu no Hospital da Mulher, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Duas pacientes que foram atendidas por Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos, no último domingo, 10/7, devem prestar depoimento na Delegacia de Atendimento a Mulher (Deam) de São João de Meriti, que investiga o caso.
Segundo a Delegada Bárbara Lomba, a polícia já conseguiu confirmar que as duas também foram sedadas durante a cesareana e que os procedimentos foram muito parecidos.
Na quarta-feira, 13/7, os policiais receberam um ofício do Hospital da Mãe de Mesquita, outra unidade de saúde onde o criminoso atuou, com a relação de mulheres que passaram por cirurgias com o anestesista. A lista conta cerca de 30 mulheres.
Além disso, durante a manhã desta quinta-feira, 14/7, a direção de outro hospital procurou a delegacia para alertar que o anestesista participou de procedimentos com mulheres e se colocou à disposição para enviar um ofício com a quantidade de pacientes, que são vistas como possíveis vítimas.
A Polícia Civil aguarda ainda a relação de mulheres que Giovanni atendeu nos últimos dois meses no Hospital da Mulher de São João de Meriti, onde ele foi preso.
Giovanni oficializou a especialização como anestesista em abril e a Deam está fazendo o levantamento de em quantos hospitais ele trabalhou. A polícia acredita que toda mulher que passou por um procedimento com o médico é uma possível vítima.
O anestesista está preso desde domingo, 10/7, após ser flagrado estuprando uma paciente durante um parto, no Hospital da Mulher de São João de Meriti. Até o momento, Giovanni é investigado por seis crimes de estupro e deve ser indiciado por estupro de vulnerável. A pena de prisão varia de 8 a 15 anos de detenção.